domingo, 14 de agosto de 2011

O bem que o clown faz não pode ser medido

Crianças rindo.
Ontem rolou mais um Teatro de Rua do GANDAIÁ, o qual fiz apenas uma pequeniníssíssima participação. Logo pude ver a maior parte do espetáculo ali, do meu humilde cantinho.

Algumas pessoas passaram, olharam, riram e se foram.

Outras passaram, olharam, riram, apontaram, dançaram, bateram palmas, triangularam com a gente, enfim, se divertiram. 

De todas essas imagens, a que mais me chamou a atenção foi a de uma senhora idosa que ria muito e apontava para o neto ainda pequeno tentando explicar o que acontecia. (A velha mania, não apenas dos velhos, de explicar a piada). Mas ela ria tanto, mas tanto, que pensei, como todo bom técnico de qualidade e produtividade, em como medir isso. Ou seja: é possível medir o quanto ela estava gargalhando? É possível medir o bem que o clown faz? Não só para essa senhora mas para as pessoas no geral. Como avaliar um sorriso de uma criança?  

A pergunta pareceu difícil, então perguntei algo mais fácil. É possível contar todos os sorrisos que foram sorridos pelo simples fato de ter um Gandaeiro vestido de clown? É possível calcular o alcance desse trabalho?

Só hoje, eu perdi a conta de quantas vezes vi as pessoas sorrirem. Cheguei, portanto, numa conclusão óbvia: O bem que o clown faz não pode ser medido, mas sentido, tal como o clown apenas sente e não racionaliza. E que seja sempre assim pois se pudesse medir só a gargalhada daquela senhora de hoje a tarde, a minha cota de palhaçadas estaria cumprida até o fim do ano.

Postado por Jack Banana, clown técnico de qualidade que terá que medir o brilho de uma peça ainda hoje. (Acreditem, brilho é mensurável.)

Um comentário:

  1. Dessa vez eu não chorei de verdade, mas esse texto merece aplausos, risos, choros e tudo o mais.
    Parabéns por tudo Jack, e vamos em frente!

    Beijos e abraços.

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