Declaração do Riso da Terra
Quando os deuses se encontraram
E riram pela primeira vez,
Eles criaram os planetas, as águas, o dia e a noite.
Quando riram pela segunda vez,
Criaram as plantas, os bichos e os homens.
Quando gargalharam pela última vez,
Eles criaram a alma
E riram pela primeira vez,
Eles criaram os planetas, as águas, o dia e a noite.
Quando riram pela segunda vez,
Criaram as plantas, os bichos e os homens.
Quando gargalharam pela última vez,
Eles criaram a alma
Diz um papiro egípcio
Palhaços do mundo uni-vos!
Vivemos um momento em que a estupidez humana
É nossa maior ameaça.
Palhaços não transformam o mundo, quiçá a si mesmos.
E nós, palhaços, tontos, bobos, bufões, que levamos a vida
A mostrar toda essa estupidez, cansamos.
É nossa maior ameaça.
Palhaços não transformam o mundo, quiçá a si mesmos.
E nós, palhaços, tontos, bobos, bufões, que levamos a vida
A mostrar toda essa estupidez, cansamos.
O palhaço é a expressão da alegria,
O palhaço é a expressão da vida,
No que ela tem de instigante, sensível, humana.
Alegria que o palhaço realiza a cada momento de sua ação,
Contribuindo para estancar, por um momento que seja,
A dor no planeta Terra.
O palhaço é a única criatura no mundo que ri de sua própria derrota
E ao agir assim estanca o curso da violência.
Os palhaços ampliam o Riso da Terra.
Por esse motivo, nós, palhaços do mundo, não podemos deixar
De dizer aos homens e mulheres do nosso tempo, de qualquer credo,
De qualquer país: cultivemos o riso.
O palhaço é a expressão da vida,
No que ela tem de instigante, sensível, humana.
Alegria que o palhaço realiza a cada momento de sua ação,
Contribuindo para estancar, por um momento que seja,
A dor no planeta Terra.
O palhaço é a única criatura no mundo que ri de sua própria derrota
E ao agir assim estanca o curso da violência.
Os palhaços ampliam o Riso da Terra.
Por esse motivo, nós, palhaços do mundo, não podemos deixar
De dizer aos homens e mulheres do nosso tempo, de qualquer credo,
De qualquer país: cultivemos o riso.
Cultivemos o riso contra as armas que destroem a vida.
O riso que resiste ao ódio, a fome e às injustiças do mundo.
Cultivemos o riso.
Mas não um riso que discrimine o outro pela sua cor,
Religião, etnia, gostos e costumes.
Cultivemos o riso para celebrar as nossas diferenças.
Um riso que seja como a própria vida: múltiplo, diverso, generoso.
Enquanto rirmos estaremos em paz
O riso que resiste ao ódio, a fome e às injustiças do mundo.
Cultivemos o riso.
Mas não um riso que discrimine o outro pela sua cor,
Religião, etnia, gostos e costumes.
Cultivemos o riso para celebrar as nossas diferenças.
Um riso que seja como a própria vida: múltiplo, diverso, generoso.
Enquanto rirmos estaremos em paz
CARTA DA PARAÍBA - João Pessoa, 2 de dezembro de 2001
Texto criado durante o Festival Mundial de Circo, em João Pessoa, em 2001. Postado por Maurício C.
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