quinta-feira, 18 de março de 2010

O que é o Gandaiá?

Nada adiantaria saber responder sem a noção do que foi o Gandaiá. Tanto que, qualquer um começaria com "o Gandaiá começou em...". Pois bem, como também sou um pobre humano: o Gandaiá teve início em uma simples conversa de ônibus, tipo aquela "quer que eu segure a sua bolsa?". Com isso, Bruno e Vital, os personagens que iniciam a nossa história, largaram as formalidades porque se conheciam há muito tempo, da época que um se embalava ao som de Ariel e outro mal conseguia abraçar o violão.

O reencontro foi lindo, cheio de novidades e recordações (???), descobrindo até que tinham uma paixão pelo tal nariz vermelho. Ambos, já iniciados na arte clown, tornaram a idéia de montar uma trupe destas adoráveis criaturas singulares, na tal Indaiatuba, possível.

O ponto-final foi o marco do começo. Duvido que não tenham dito "manu, cara, vamos fazer aquele lance. Eu te lig...ou melhor, você me liga.". Daí por diante foi só pensar no dia, horário e foco (você verá que foco é o maior dilema das manhãs dominicais). Decidido tudo na tranquilidade, amigos dos dois amigos, que foram convidados para a 1º reunião, que convidaram amigos, convidaram outros e outros... tanto, que foi útil o querido Orkut para a administração de tudo isso de amigos. De início os aventureiros na arte clown tiveram a brilhante idéia de convidar, nada menos do que, a tal Lawrency* para descabaçá-los nesta jornada.

O grupo foi aumentando e construindo o seu passado. Chegaram ao extraordinário número de 43 membros, 43 jovens desbravadores, 43 fugitivos das missas dominicais em seis meses... Mudança de locais das reuniões, novos cursos, workshops, reuniões, mestres, idéias e idéias que fizeram tudo mudar. Mudou. Mudou, que chegou ao número de 19 membros, 19 estudantes da arte clown, 19 personagens de um grupo. Há quem diga que isso foi uma seleção natural, que foi a união daqueles que não penteiam os cabelos ou dos diferentes tão parecidos. Mas eram, como são, clowns.

Com estes e mais companheiros ridículos, o Gandaiá segue aquele seu foco de humanizar espaços carentes de carinho e bom humor, além de ter a mania de quebrar a rotina das praças e ruas indaiatubanas. Daquele singelo ato de educação no ônibus para a formação que hoje o grupo se encontra, nada foi tão impossível. Como diz o sábio "é com as pedras do caminho que construo o meu castelo" (nhôôôôôô). Assim, desde sempre que existiu, o Gandaiá vem abraçando idéias, mulheres, homens, velhinhas, árvores, cães, postes, brotinhos, visitantes, projetos e artes. Porque no final tudo tem que acabar em aplausos.

*Clown de Lígia Ruvenalth - Atriz, diretora teatral e curadora de artes plásticas.

Por Maurício Caetano, ativista de extrema grandeza do Gandaiá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário