quinta-feira, 29 de março de 2012

Gandaiá no Projeto Ademar Guerra





É com imensa alegria que venho anunciar o que todo mundo já sabe: estamos no Projeto Ademar Guerra 2012! Mas antes de falar de toda a emocionante trajetória do Gandaiá no processo de seleção, vou tirar as duvidas que tenho certeza que você, caro leitor, está na cabeça. Quem (ou o que) é Ademar Guerra? É um diretor paulista que trabalhou no teatro, dança e televisão e que plantou a semente do atual Projeto ao ser orientador de um grupo de Santo André em 1964, por um projeto da Secretaria de Cultura do Estado. O que é esse tal Projeto Ademar Guerra? Pra responder apelo ao que já está pronto e bem explicado: "O Projeto Ademar Guerra foi criado em 1997 pela Secretaria de Estado da Cultura com o objetivo de propiciar orientação artística a grupos teatrais em atividade no interior e litoral do Estado de São Paulo. Essa ação se dá por meio da contratação de artistas-orientadores para atuarem junto aos grupos selecionados, acompanhando seus projetos de pesquisa e/ou montagem de espetáculos". Esse ano o projeto tem coordenação de Aldo Valentim e curadoria artística de Sérgio Ferrara (não precisa nem falar nada desses caras né? fantásticos!). Sanadas as dúvidas, vamos a nossa história.

O nosso amigo Fabio Pimenta nos avisou do projeto e resolvemos marcar uma reunião para discutir e entrar em consenso se nos inscreveríamos. Por estarmos em processo de planejamento para o ano, deixamos a decisão para os momentos finais. Faltando poucos dias para o fim do prazo resolvemos correr atrás de tudo, na pressa e no desespero, como é gostoso de fazer. Conseguimos deixar tudo pronto e enviamos a documentação no ultimo dia de inscrição! Alivio né? Que nada, no dia seguinte descobrimos que a data limite para a inscrição tinha sido adiada por mais uma semana. Pelo menos já estava resolvido e era só esperar o resultado da primeira etapa.

Nos reunimos na cozinha do Marcus para assinar os papéis, que emoção.

Quando saiu o resultado da 1ª fase e vimos nosso lindo nome lá foi uma comoção geral. Pessoas choravam em um misto de alegria e desespero, alguns jogavam seus bichos de pelúcia pro alto em reverência a fofura suprema, outros arrancavam as roupas e saiam nus embebidos em vinho. Passada a empolgação inicial, fomos lúcidos, porém ainda lúdicos, para o encontro do dia 03 de março na oficina cultural Oswald de Andrade (lê-se Oswald sem sotaque estrangeiro, por favor). O encontro foi muito gostoso, conhecemos muitas pessoas bonitas, vários grupos de várias cidades com várias e várias ideias sensacionais. Depois de ver algumas palestras sobre gestão e apresentar nosso projeto, voltamos pra casa felizes, esperançosos e muito motivados.

Todos reunidos no encontro do dia 3 de março.

O resultado da 2ª etapa saiu e, para nossa alegria, o Grupo de Clowns e Palhaços Gandaiá de Indaiatuba estava lá! E lá fomos nós de novo rumo a capital, cidade cinza de movimentação subterrânea, para o Encontro Preparatório dos dias 24 e 25 de março. Pra falar com detalhes desses dois dias eu teria que escrever um conto. Como não é o caso, só digo que foram dois dias maravilhosos, em contato com pessoas muito bacanas aonde muita informação interessante foi trocada. Tivemos oficina de voz com Edi Montecchi e de corpo com Mariana Muniz e uma palestra com o cientista politico Humberto Dantas. Mas a emoção mesmo ficou por conto de saber quem seria o nosso orientador. Em meio ao rufo de tambores imaginários veio o anuncio tão aguardado: Alexandre Dal Farra será orientador do Grupo Gandaiá de Indaiatuba. 

Puxa, sem palavras, alegria imensa conhecer e sermos orientados pelo Alexandre (o cara de óculos da foto lá de cima, junto comigo e o Bruno em conversa lá na Oswald). A conversa foi muito boa e produtiva, logo já estávamos nos entendendo e pudemos ter boas ideias e fazer um planejamento para o ano de trabalho. Estamos muito empolgados pela seleção no Projeto Ademar Guerra, com certeza será um ano de muita evolução artística e organizacional do grupo e de seus integrantes, que resultará na montagem de um espetáculo grotesco, poético e popular. Aguardamo o Alexandre aqui no dia 16 de abril com muita bexiga, vinho, cajuzinho e croquete (de soja). Evoé!

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