domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quando penso no Gandaiá...

Esses dias, escrevendo projetos mirabolantes para o Gandaiá, coloquei os dedos sob o teclado (versão atualizada da expressão "caneta sobre a mesa") e pensei: "tá, e aí Gandaiá?"

De onde viemos, pra onde vamos? E se vamos, por que vamos?

Mas mais importante de tudo isso, do que saber dos caminhos a serem trilhados, é saber "quem é você Gandaiá, que ninguém vê?"

Um projeto antes começado por mim, e antes somente meu, adquiriu pedaços e formas de expressão novas, somadas pelas pessoas que entraram e permaneceram ali. Por exemplo, podemos citar que o Gandaiá é um grupo alegre, espontâneo, e cheio de energia. A figura da Mary Poppins surgiu em minha mente como um girassol nesse momento, saltitando com uma caixa de um lado pro outro.

Isso é Gandaiá.

Logo depois pensei no grupo como um monte de valores. Um monte... um grupo que não perderia o norte nunca, pois sempre lembra de onde veio e o porquê veio. Ravel, o farol. O guia. (Isso também é Gandaiá)

Poesia em Ação, Poesia, Ação. O Gandaiá, sem a Poesia seria um buraco. O Gandaiá seria um buraco sem a ação. Seria só Gandaiá. Equilíbrio! Lembrei-me do desequilibrado Nito Patela, clown do equilibrado Marcus Mazieri. Poeta que nunca ficou sentado. Ativista que nunca deixou de escrever.

Não obstante, nem restante, penso na objetividade do Robson, sério, pensativo, tranquilo, uma mão amiga nos momentos em que o barco pende pra lá e pra cá. Neco sorri, por sorrir. Está feliz de fazer parte de alguma coisa maior, de um sonho que sempre esteve presente na sua vida. O Clown Neco tem vida.

Penso na força de vontade e companheirismo do meu companheiro Gabriel e nas suas muitas aulas mortas deixadas pelo caminho. Uma a uma. Imagino o Tutatis com uma 12, subindo o morro, enfrentando balas, um clownrilho nato.

Penso na Andréia e na sua fé de um mundo melhor, nessa vontade inexplicável de querer deixar algo de bom para trás e para frente. A Olivia está ali.

Penso no carinho pelas coisas e pessoas que o Lucas tem, que chega a ser um amor que vai além do amor próprio. Lulu canta um Hino.

Penso no desespero do Mauricio, buscando mais e mais e mais, sem nem ao menos olhar pra trás... o Taix sempre desesperado, buscando sonhos e nem ligando se estão o entendendo ou não.

Lembro do Zeca subindo pelos postes, e do Dionysio balbuciando um galamales que só ele entende. E daí?  Lembro da Mayra sendo engraçada sendo apenas ela mesma (sendo um clown Tchacabum), lembro da Nathalia lutando ombro a ombro nesses muitos anos ao meu lado, uma dra Luna. Patetologista que levará o clown pra vida.

E vejo renovação entrando pela porta da frente, nos olhos brilhantes dos semens e brotinhos.

Alegria, Valores, Equilíbrio, Objetividade, Força de Vontade, Fé em um Mundo Melhor, Amor Incondicional, Sonhos, Leseira, Clown, Luta, Renovação.

Eis que temos um Grupo de Clown... eis que temos Gandaiá.

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